O termo correto para esta fase é sênior ou geriátrico?
Em teoria, o termo SÊNIOR é empregado de acordo com a capacidade funcional do animal. Quando ele diminui a atividade, ganha peso (no caso dos cães) e altera seu comportamento, por exemplo, ele é considerado um animal sênior.
Já o termo GERIÁTRICO refere-se somente à idade cronológica.
Mas não se preocupe, graças aos avanços realizados na área de nutrição, na prevenção, diagnóstico e tratamento de doenças, hoje observa-se aumento significativo da expectativa de vida dos nossos pets!
Mas então como eu devo me preparar?
Como você já deve ter notado, o seu pet está mais quietinho e pode já ter alguma doença diagnosticada.
Os cães, como consequência da diminuição da atividade e do seu metabolismo, tendem a ganhar peso. Ao contrário dos gatos que, com o avançar da idade, reduzem a sua capacidade de digerir gordura e proteína e tendem a perder peso.
Além disso, os cães idosos têm necessidade energética menor do que os adultos. Essa redução da necessidade energética não acontece com os gatos idosos.
É importante assegurar-se de que o seu pet está ingerindo a quantidade de energia suficiente para suprir sua demanda, sem ultrapassá-la, para que ele fique em uma condição corporal ideal. Isso significa que a quantidade de gordura corporal está adequada para o seu estágio de vida.
Para ter certeza de que está fornecendo a quantidade de alimento correta, você pode pedir ajuda para um médico-veterinário nutrólogo, por exemplo. Ele também pode te ajudar a escolher o melhor perfil de dieta para o momento, considerando se ele tem alguma doença também.
Tanto cães quanto gatos tendem a perder musculatura quando envelhecem. Esse processo é fisiológico, ou seja, é esperado que aconteça com a idade. Nós, médicos-veterinários, chamamos esse processo de SARCOPENIA.
Por isso, a não ser que o pet possua alguma condição clínica que o impeça, é recomendado que ele faça o mínimo de exercício físico para manter seus músculos trabalhando e a sua cognição ativa!
Mas o que é isso?
Cognição = conjunto de processos mentais de percepção, consciência, aprendizagem, memória e tomada de decisão em resposta a estímulos do meio ambiente.
Como os cães e gatos não podem fazer palavras cruzadas, você pode ensiná-lo a fazer um novo truque, por exemplo. Você também pode esconder um petisco gostoso na casa para ele buscar, andar com ele na rua para que sinta cheiros, vozes, desvie de obstáculos e mantenha seus sentidos aguçados!
E o que uma dieta indicada para animais sêniores tem de diferente?
Se o seu pet não possui alguma doença diagnosticada, uma dieta sênior e de qualidade super premium é bem-vinda!
Uma dieta super premium é composta por ingredientes de altíssima qualidade (tão bons quanto os que tem na mesa de humanos) e, por isso, tem ótimo aproveitamento. Além de garantir o necessário para a manutenção dos animais, ela ainda incorpora alguns nutracêuticos, que são partes purificadas de alimentos funcionais que promovem benefícios à saúde, previnem doenças e até mesmo podem atuar como coadjuvantes no seu tratamento.
O EPA (ácido eicosapentaenóico) e DHA (ácido docosahexaenóico), que são gorduras da família Ômega 3, são exemplos de nutracêuticos comumente utilizados em dietas sêniores. Eles possuem propriedades anti-inflamatórias, antioxidantes e melhoram a função cognitiva!
Outros nutracêuticos geralmente incluídos nas dietas para os velhinhos são sulfato de condroitina e de glicosamina. Eles ajudam a proteger as articulações, que podem ficar desgastadas com o tempo.
As dietas para cães sêniores têm menor quantidade de gordura e maior quantidade de fibras, a fim de reduzir a densidade energética e evitar o ganho de peso excessivo.
Em relação aos gatos, alguns diminuem o aproveitamento das gorduras e proteínas após os 12 anos de idade. Por isso, é essencial que os ingredientes escolhidos para ser fonte destes nutrientes apresentem bom perfil de ácidos graxos e aminoácidos e sejam de ótima qualidade para atender as necessidades e, ao mesmo tempo, prevenir a perda de peso, pois os felinos tentam compensar essa deficiência de aproveitamento comendo mais.