O envelhecimento é um processo biológico complexo que gera incapacidade progressiva em manter a homeostase e responder a doenças e fatores ambientais. Até o momento, nenhuma pesquisa apontou um possível marcador que determine o “status” do envelhecimento em um animal de forma objetiva e independente. Dessa maneira, a determinação da idade cronológica, bem como a presença de sinais físicos relacionados ao envelhecimento, serão os critérios utilizados para classificar seu pet como “idoso” ou “geriátrico”, conforme já discutido em texto anterior aqui no blog.
Cães e gatos podem apresentar síndromes que resultam em perda de massa muscular, como, por exemplo, a caquexia, que afeta animais com alguma doença infecciosa ou crônica, como insuficiência cardíaca congestiva ou doença renal crônica. Já a sarcopenia ocorre na ausência de doença e é caracterizada como o conjunto de alterações relacionadas ao envelhecimento que resulta em perda de musculatura.
Tanto a caquexia como a sarcopenia possuem implicações clínicas importantes, pois estão associadas à maior morbidade e mortalidade e podem ocorrer de forma concomitante, visto que algumas doenças associadas à caquexia são mais comuns nos animais idosos. A sarcopenia é um processo natural, fisiológico e multifatorial, caracterizado pela perda de massa muscular com o avançar da idade, resultando em redução da força física, perda de independência e possível diminuição da qualidade de vida.
O cão ou gato em processo de envelhecimento não são animais doentes. Porém, os cuidados especiais com a saúde nessa fase podem contribuir para retardar o aparecimento dos sinais de envelhecimento e aumentar a expectativa de vida dos pets. Consultas periódicas com o médico-veterinário, controle do escore de condição corporal, oferecimento de alimento adequado para essa fase de vida em quantidade correta e prática de atividade física são exemplos de cuidados que podem aumentar o tempo de vida e retardar o desenvolvimento da sarcopenia e suas consequências.