A dieta dos cães e gatos deve ser prescrita e orientada por um médico-veterinário ou zootecnista. Os petiscos podem e devem fazer parte da dieta, pois são alimentos que proporcionam maior interação social entre o tutor e o pet, além de serem utilizados como recompensa em medidas educativas e de socialização. Mas de que forma devem ser fornecidos?
Para ofertar petiscos aos cães e gatos, o tutor deve levar em conta dois fatores. O primeiro é escolher o petisco de acordo com a preferência de cada animal. Depois, é preciso calcular a quantidade que poderá ser consumida pelo pet. Os petiscos devem representar, no máximo, 10% da quantidade de calorias diárias indicadas. Portanto, se um cão de 10 kg precisa de 500 kcal por dia, ele poderá ingerir até 10% desse valor (cerca de 50 kcal) na forma de petiscos.
Atualmente, um dos grandes problemas que encontramos na rotina clínica é o fornecimento de petiscos de forma excessiva, levando ao quadro de sobrepeso, obesidade e outros distúrbios metabólicos e gastrointestinais. Isso ocorre principalmente quando os petiscos não são próprios para cães e gatos, como: pizzas, bolos, biscoitos, chocolates, entre outros alimentos de consumo humano que, além de muito calóricos, podem ser tóxicos para os animais.
É importante lembrar também que muitos dos petiscos disponíveis para pets no mercado (bifinhos, biscoitos, palitos) não são considerados alimentos completos e balanceados, logo, não devem substituir as refeições. Dessa forma, deve-se garantir que o animal consuma a quantidade prescrita de alimento completo e balanceado nas refeições, para que assim tenhamos um animal saudável e bem nutrido.
Em todas as fases da vida, é importante que o tutor consulte um médico-veterinário ou zootecnista para ser orientado sobre o manejo nutricional do pet, as quantidades de alimentos que devem ser ingeridas e quais tipos de alimentos podem ser fornecidos, assim como as quantidades e os tipos ideais de petisco para aquele animal, de acordo com sua fase de vida.