As proteínas são nutrientes essenciais aos seres vivos e desempenham um papel fundamental em seus organismos, portanto fornecer a quantidade ideal na dieta do animal é importante para promover saúde e bem-estar, garantindo assim que o corpo consiga exercer todas as suas funcionalidades. Suas funções são diversas e estão relacionadas principalmente com crescimento e desenvolvimento em filhotes, função imunológica, produção de enzimas e hormônios, manutenção e reparação de tecidos e como fonte de energia, principalmente para cães e gatos. Naturalmente, estes animais possuirão maior demanda na ingestão de proteína.
As proteínas são moléculas compostas por pequenas unidades chamadas de aminoácidos, que podem ser classificados em essenciais ou não-essenciais. Os essenciais são os aminoácidos que o organismo não consegue produzir em quantidade suficiente e, por isso, devem obrigatoriamente estar presentes na dieta do animal; os não-essenciais são sintetizados pelo organismo a partir de outras moléculas, e não precisam ser fornecidos pela dieta em condições normais.
A importância dos aminoácidos está diretamente relacionada à síntese de proteínas: cada proteína tem um número e sequência diferente de aminoácidos, então, para que seja produzida, precisa de quantidades suficientes deles. Portanto, devemos prestar atenção não apenas na quantidade de proteína total oferecida ao animal, mas também quais aminoácidos estão presentes na dieta.
Dessa maneira, já que possuem uma maior necessidade de proteínas, quanto mais proteína em uma dieta para cães e gatos, melhor? A resposta é: depende! Isso irá variar muito de acordo com o estado de saúde geral do animal e de sua fase de vida!
Em um cão ou gato adulto saudável, fornecer uma quantidade de proteínas muito superior à sua necessidade não fará com que tudo seja utilizado pelo organismo. A proteína “a mais” será eliminada pela urina ou poderá ainda ser transformada em gordura como forma de armazenamento de energia, ou seja, pode contribuir para um sobrepeso neste animal e em alguns casos, até mesmo a obesidade. Quando o intuito é estimular ganho de massa muscular, a ingestão de proteínas deve ser acompanhada de uma rotina de exercícios físicos recomendada por um profissional.
No entanto, há condições específicas que poderão causar aumento da necessidade proteica nestes animais, portanto, poderão sim se beneficiar de uma dieta hiperproteica, como por exemplo, pacientes internados, com câncer, filhotes em crescimento, obesos em dietas de perda de peso, entre outras situações. Da mesma maneira, existem outros casos em que é recomendado diminuir a quantidade de proteínas fornecidas na dieta destes animais, como exemplo, pacientes com doença renal crônica ou insuficiência hepática em estágios mais avançados.
Assim sendo, uma dieta com excedente em proteínas pode ou não trazer benefícios a este animal, a depender do seu estado de saúde geral e de sua fase de vida. Para cães e gatos saudáveis, as rações de categoria super premium ou high premium já possuem níveis de proteína adequados para suprirem todas as necessidades proteicas e de aminoácidos, não sendo necessário suplementar além destas quantidades, visto que pode ocasionar sobrepeso. Sempre em caso de dúvidas, consulte um médico-veterinário nutrólogo para avaliar o caso individualmente.