Você com certeza já viu receitas, ingredientes, ou até dietas inteiras que prometem “melhorar a imunidade” dos seus cães e gatos. Isso, é claro, é chamativo: se você tem um amigo peludo, vai querer que ele viva muito tempo, com o melhor “sistema de defesa” possível. Entretanto, precisamos analisar as promessas de “melhora de imunidade” sob um ponto de vista científico.
Infelizmente, embora muitos alimentos sejam vendidos como “melhoradores da imunidade”, a evidência real disso muitas vezes é limitada ou inexistente. A verdade é que, se o sistema imune está funcionando direito, em um animal jovem, saudável e com dieta balanceada, não há tanto o que se fazer para melhorá-lo.

A nutrição possui, sim, relação com a imunidade! Um animal em desbalanço nutricional (com falta ou excesso de determinados nutrientes) pode apresentar piora no funcionamento de todo o corpo, incluindo as células de defesa. Assim, para promover a função correta do sistema imune, o primeiro passo é simples: garantir que o animal esteja comendo uma dieta completa e balanceada, seja ela comercial ou caseira. Não adianta utilizar mil suplementos ou alimentos funcionais se a base da dieta está ruim!
Alguns nutrientes e nutracêuticos apresentam evidências de efeitos como modulação inflamatória, modulação da microbiota e antioxidantes, que podem ser benéficos para o funcionamento do sistema imunológico como um todo. É o caso de ácidos graxos ômega-3 e de alguns probióticos e prebióticos. Entretanto, não devemos realizar a suplementação sem critérios: a necessidade e forma de suplementar deve ser avaliada e determinada por um médico-veterinário. Além disso, devemos reforçar: não adianta fazer só a suplementação se a dieta do animal não for adequada.