O jejum é o ato de não se alimentar por um tempo pré-determinado. Essa prática começou a ser aplicada na Medicina Veterinária em 1946, quando estudiosos perceberam que alguns pacientes submetidos à anestesia em cirurgias apresentavam refluxo de alimento – quando o alimento sai do estômago e volta para o esôfago, machucando-o, e podendo até ir acidentalmente para os pulmões e causar pneumonia. Por isso existe a recomendação do jejum pré-cirúrgico, que pode durar de 8 a 12 horas para alimentos sólidos e de 2 a 4 horas para água.
O jejum também é necessário quando são realizados exames de sangue ou de imagem, como o ultrassom, por exemplo. No caso dos exames de sangue, o jejum prévio é necessário, pois a gordura presente na circulação sanguínea após as refeições pode atrapalhar a leitura do sangue. No caso dos exames de imagem, como ultrassons e radiografias, a presença de alimento também pode dificultar a visualização dos órgãos e a identificação de possíveis alterações.
Sabendo que o jejum é muito importante, principalmente antes de anestesias, os tutores devem criar estratégias para se certificarem de que o animal realmente não se alimentou. Algumas dessas estratégias são: retirar o pote de alimento no horário correto; não deixar o pacote de ração, lixeiras ou qualquer outro alimento ao alcance do animal; e avisar a todos da família que o pet não pode comer, para evitar que alguém o alimente.
Lembre-se: caso o pet não tenha feito o jejum corretamente, a coleta de sangue, o exame de imagem ou a cirurgia poderão ser cancelados, o que irá prejudicar a saúde do animal, já que aquele procedimento que ele tanto precisa, será adiado. Então tome muito cuidado e siga todas as recomendações do médico-veterinário para que tudo aconteça da melhor forma possível e o seu pet possa voltar a se alimentar logo!