Você já ouviu falar em hiperglicemia pós-prandial? Esse nome complicado nada mais é do que o aumento da glicose no sangue logo após a refeição. E sim, isso também acontece em cães e gatos!
Depois que o animal se alimenta, o organismo começa a digerir os alimentos e absorver glicose, que é a molécula que compõe a maioria dos carboidratos. Em condições normais, o pâncreas libera um hormônio chamado insulina para ajudar essa glicose a entrar nas células, onde vai ser usada como energia.
Mas, em alguns casos, essa resposta não é tão eficiente e o açúcar no sangue sobe além do esperado (hiperglicemia) e demora mais para voltar ao normal.
Nos pets, isso pode acontecer por vários motivos! Um dos mais conhecidos é o diabetes mellitus, em que há deficiência na produção de insulina ou resistência à sua ação. Essa resistência à ação da insulina também pode ocorrer em pacientes obesos e com outras doenças hormonais, como o hipercortisolismo.

A hiperglicemia pós-prandial não é só um “detalhe” laboratorial. Quando está fora das condições normais, esse pico de glicose pode gerar inflamação, estresse oxidativo (os famosos “radicais livres”) e sobrecarga metabólica, e pode ocasionar mais problemas no longo prazo.
E o que podemos fazer para minimizar essa condição?
Passos simples já podem ajudar bastante: fornecer uma dieta balanceada e de qualidade, realizar o controle de peso, mantendo o animal no Escore de Condição Corporal ideal, e instituir uma rotina de atividade física, pois auxilia no controle glicêmico e aumenta a longevidade dos nossos animais, minimizando riscos de complicações! Além disso, se o pet tiver outras doenças, como diabetes mellitus ou hipercortisolismo, é necessário tratá-las.
Em caso de dúvidas, procure sempre um médico-veterinário de sua confiança para determinar o manejo mais adequado para o seu pet e, se necessário, encaminhá-lo a um especialista.