Você já ouviu falar em estimulantes de apetite? São medicamentos usados para ajudar a aumentar a ingestão alimentar em animais que apresentam anorexia (falta de apetite) ou hiporexia (ingestão reduzida de alimentos).
Esses fármacos são frequentemente empregados na medicina veterinária para auxiliar animais doentes que não ingerem comida suficiente de forma voluntária, que apresentam perda de peso ou risco de caquexia (perda de massa magra) devido à ingestão insuficiente de calorias. Eles também podem ser utilizados em conjunto com outras técnicas de suporte nutricional, como as sondas de alimentação, na tentativa de estimular a ingestão via oral.
É importante destacar que esses medicamentos não tratam a causa do problema, mas apenas os sintomas. A falta de apetite ou a ingestão insuficiente de alimentos podem ser sinais de condições subjacentes, como dor, desconforto abdominal, náuseas ou doenças mais graves. Portanto, é essencial investigar a causa do distúrbio alimentar antes de recorrer a um estimulante de apetite.
Embora geralmente sejam seguros, os estimulantes de apetite podem interagir com outros medicamentos e causar efeitos indesejados, e nem sempre podem ser usados por longos períodos. Por isso, é fundamental que seu uso seja sempre orientado e supervisionado por um médico-veterinário, na dosagem e duração determinada pelo profissional. Mesmo que seu pet já tenha utilizado um determinado estimulante outras vezes, a orientação de um médico-veterinário é necessária, pois o profissional irá avaliar o quadro atual do seu animal e realizar a melhor prescrição para aquele momento.
Se o seu cão ou gato apresentar sinais de distúrbios alimentares, como perda de apetite, procure um médico-veterinário. Mesmo alterações leves no comportamento alimentar podem ser indicativas de doenças crônicas que, ao longo do tempo, podem levar a problemas mais sérios. Quanto mais cedo o problema for identificado, maiores as chances de um tratamento eficaz.
Leitura complementar
DELANEY, S. J. Management of Anorexia in Dogs and Cats. Veterinary Clinics Small Animal Practice, v. 36, p. 1243-1249, 2006.