Todos os seres necessitam de fonte externa de energia, no caso, o alimento, para viver e fornecer aporte para as diversas atividades do organismo. “Fome’ é uma definição de sensação fisiológica de necessidade de alimento. Os cães são popularmente conhecidos por serem animais que aparentam conhecer bem a definição de “fome”, justamente por sempre fuçarem todo tipo de migalha no chão ou olhar para você com uma cara de “fome”. Mas, será que realmente eles entendem a fundo a definição de “fome” ou tanto eles, como você, confundem com “GULA”, caracterizada pelo excesso ou vício em comer?
Antes de responder a esta pergunta é necessário compreender de quem os cães descendem e qual era o modo de vida dos seus “primos selvagens”. Na natureza, os canídeos sobreviviam através da caça de presas com oferta variável, o que instigava que em toda oportunidade de alimento, fosse consumido o maior volume possível com o objetivo de manter-se bem nutrido, não tendo a certeza de que a próxima refeição seria vasta ou encontrada em pouco espaço de tempo. Com base nisso, é fácil observar que apesar de serem domesticados e não precisarem caçar, esse instinto perdura até os dias de hoje em alguns animais, diante de algumas situações.
Os cães possuem “fome”, graças a mecanismos neuronais e hormonais que, em conjunto, coordenam essa sensação, mas que podem ser alterados frente a doenças que levam ao desenvolvimento de um apetite insaciável, como o diabetes mellitus e hipercortisolismo. Neste caso, a “fome” é estimulada por uma causa primária e sua correção depende do tratamento da doença.
Excluindo a possibilidade de doenças, fatores ambientais e sociais continuam sendo os que mais influenciam os cães para que, em todo momento que sentirem o cheiro de qualquer alimento, pedirem por comida, utilizando até mesmo desse subterfúgio, como forma de “chamar atenção”. Fornecer petiscos de forma aleatória ou não estabelecer uma rotina de horário de cada refeição, leva esses seres a compreenderem que não existem regras, nem disciplina e, que a comida vem no tempo e na forma que eles querem e quando eles pedem.
Assim, é possível notar que tanto por instinto, quanto por diversos fatores, os cães podem ser sim considerados como gulosos e, que nós, seres humanos, também temos grande participação ao instigar tal comportamento. É necessário educar tanto eles quanto nossa mentalidade sobre o que é a “FOME”, pois tudo o que é em excesso gera consequências, como a obesidade, que é o agravante em questão e que resulta em diversos malefícios ao pet.