Hoje, vamos conversar sobre um tema polêmico: ingredientes transgênicos na alimentação de cães e gatos. Se você costuma acompanhar esse tipo de conteúdo, certamente já se deparou com discussões acerca da segurança desses alimentos, tanto para humanos quanto para animais. E, certamente, se tem um animalzinho, você quer que ele consuma o melhor alimento possível. Portanto, vamos esclarecer alguns pontos ao longo deste texto.
Antes de tudo, precisamos entender o que é um transgênico. Um transgênico é um tipo de organismo geneticamente modificado (OGM) que recebeu genes de outra espécie, o que permite que ele apresente características que não existem na espécie original. Isso possibilita que, por meio da biotecnologia, criemos organismos que exibam características benéficas para atingir determinados objetivos. Por exemplo, a transgenia permite criar plantas mais resistentes a pragas, mais produtivas, ou que produzam grãos ou frutos com uma maior quantidade de um determinado nutriente.
As primeiras plantas transgênicas foram feitas na década de 80 e, de lá para cá, houve diversas discussões acerca de seus impactos econômicos, ecológicos, sociais, e, claro, de sua segurança para a saúde de humanos e animais. Vale ressaltar que, ao contrário do que é veiculado em alguns locais, foram feitas diversas pesquisas sobre a segurança do consumo de transgênicos!
E aí vem a boa notícia: até o momento, com muito estudo e pesquisas por trás, não foram demonstrados efeitos negativos do processo de transgenia à saúde. Ou seja: o fato de um alimento ser transgênico não significa que ele trará algum tipo de malefício ao seu organismo ou dos seus animais. Além disso, para que possam ser comercializadas, plantas transgênicas passam por um processo rigoroso de aprovação que verifica individualmente sua segurança para consumo.
Infelizmente, em muitas ocasiões, pessoas ― até mesmo aquelas que são profissionais da saúde ― irão oferecer opiniões deturpadas, enviesadas, ou sem embasamento científico sobre essa questão. Justamente por esse motivo, é muito importante procurar por fontes sérias e que levem em questão o que a ciência diz! Este é o objetivo do nosso blog ― trazer as informações científicas para mais perto da população.
Referências
BRASIL. Lei nº 11.105, de 24 de março de 2005.Brasilia, DF. Diário Oficial da União, Seção 1, 28/3/2005, p.1, 2005.
KARALIS, D. T.; KARALIS, T.; KARALIS, S.; KLEISIARI, A. S. Genetically Modified Products, Perspectives and Challenges. Cureus, 18 mar. 2020. Disponível em: <https://www.cureus.com/articles/28245-genetically-modified-products-perspectives-and-challenges>.
KUMAR, K.; GAMBHIR, G.; DASS, A.; TRIPATHI, A. K.; SINGH, A.; JHA, A. K.; YADAVA, P.; CHOUDHARY, M.; RAKSHIT, S. Genetically modified crops: current status and future prospects. Planta, v. 251, n. 4, p. 91, abr. 2020. Disponível em: <https://link.springer.com/10.1007/s00425-020-03372-8>.
NATIONAL ACADEMIES OF SCIENCES. Human health effects of genetically engineered crops. In: Genetically Engineered Crops. [s.l: s.n.]p. 171–254.