Todos nós sabemos que a vacinação é uma forma de prevenção contra doenças infecciosas graves, perigosas e muitas vezes fatais como a raiva, parvovirose, cinomose entre outras, que podem deixar nossos pets muito doentes. Desta forma, a vacinação é capaz de promover resposta do sistema imunológico (responsável por combater doenças) contra os vírus causadores destas alterações, contribuir para a saúde e bem-estar dos cães e gatos de maneira a prevenir e minimizar a disseminação dessas doenças para outros animais, inclusive para nós humanos.
Atualmente existem dois tipos de vacinas: as essenciais e não essenciais. As essenciais são as chamadas V8 ou V10 para cães, V3, V4 ou V5 para gatos e antirrábica para ambos. As não essenciais são as vacinas contra leptospirose, giárdia, gripe canina e tosse dos canis.
A determinação do melhor plano de vacinação para o seu animal de estimação, deve ser feita por um médico-veterinário, pois cada animal pode ter necessidades vacinais diferentes em função da idade, saúde, local onde mora e estilo de vida, por exemplo.
Você pode estar se perguntando: se a vacinação é uma forma de prevenção para os animais sadios, o que fazer com os animais portadores de doenças crônicas? Mais uma vez, o consenso será através de uma sincera conversa com o médico-veterinário para uma decisão que traga benefícios a todos os envolvidos. O médico-veterinário informará os riscos e benefícios de uma decisão individualizada para cada paciente.
Quando falamos de doenças crônicas, algumas delas podem levar a disfunções do sistema imunológico e que muitas vezes implicam na necessidade de uso de alguns fármacos como corticoides (imunossupressores) para o controle e tratamento. Dessa forma, se as vacinas dependem do sistema imune e o sistema imune está alterado, como proceder com a vacinação?
Para cães e gatos que fazem uso contínuo desses imunossupressores, o protocolo vacinal irá depender da conversa individualizada com o médico-veterinário, que irá avaliar o estado geral do paciente, frequência de uso, dose da medicação, fatores de risco para se infectar e desenvolver a doença etc. e, então pode optar, em alguns casos, não os vacinar ou aplicar somente as vacinas essenciais com um intervalo de 21 a 28 dias entre elas. Já os pacientes portadores de doenças crônicas como doença renal, cardiopatias, alergias de pele ou do sistema digestivo, por exemplo, porém estáveis, podem e devem ser vacinados com as vacinas essenciais.
Cabe lembrar que, pela legislação brasileira, a vacinação anual contra raiva é obrigatória independente da situação.
Os fatores de risco para os pets serem infectados por essas doenças envolvem, por exemplo, se ele frequenta ou não hotel e creche (daycare), participa de feiras ou eventos em locais (praças) com alta concentração de animais, tem acesso a rua de forma livre, entre outros.
Vale ressaltar que no Brasil a raiva ainda existe e é uma doença que mata 100% dos cães, gatos e seres humanos. Outras doenças protegidas pelas vacinas que, embora não sejam passadas para os seres humanos, podem levar o seu animal ao óbito ou a desenvolverem sequelas importantes por toda a vida.
A imunização é sempre recomendada. A adequação e escolha do melhor momento e do protocolo vacinal a ser instituído deve ser baseado na avaliação clínica do pet aliado a literatura científica e, é uma prática indispensável para garantir saúde e bem-estar a todos.