As plantas medicinais são utilizadas por diversas civilizações há milhares de anos. Elas fazem parte do conhecimento popular compartilhado entre famílias e comunidades. Hipócrates, considerado o pai da medicina ocidental, prescrevia sucos da casca do salgueiro, por exemplo, para aliviar dores e conter febres.
Com a evolução da ciência, muitos estudos foram realizados para comprovar os efeitos farmacológicos das plantas. No caso do salgueiro, a indústria farmacêutica sintetizou o ácido acetilsalicílico, produzido a partir do princípio ativo da árvore. O ácido apresenta propriedade analgésica, antifebril e anti-inflamatória e está presente na vida das pessoas até hoje, com o nome comercial de aspirina (AAS).
Mas, apesar dos benefícios, o uso das plantas medicinais requer atenção, principalmente para os pets. Quando utilizamos uma planta para fins terapêuticos, estamos falando de um remédio, e o fato dele ser natural não significa que é totalmente seguro. Para um remédio ser considerado seguro para o animal, a prescrição deve ser feita por um médico-veterinário.
As plantas possuem diversos compostos que podem tanto ser positivos para os animais como causar danos ao organismo, por isso o perigo no seu uso indiscriminado. Uma planta medicinal, por mais orgânica e bem cultivada que seja, tem suas características de toxicidade, dose, conhecimento do princípio ativo e indicações terapêuticas.
Alguns tipos de chá, como o chá verde, chá mate e chá preto, apesar de proporcionarem diversos benefícios para a saúde do ser humano, possuem grande quantidade de metilxantinas, componentes tóxicos para o cão e para o gato. Portanto, por melhor que seja a nossa intenção na hora de cuidar dos nossos bichinhos, devemos ter atenção ao que oferecemos para eles, pois o que é seguro para o ser humano pode não ser para um animal.
Hoje em dia, sabemos que a procura por um estilo de vida mais natural é grande e muitos tutores tendem a transferir os seus hábitos aos melhores amigos. Mas é sempre indicado que, antes de fazer qualquer mudança na rotina ou na alimentação do pet, o tutor consulte um médico-veterinário. Apenas o profissional poderá fornecer as devidas orientações para o pet a ter uma vida mais longa, saudável e feliz.